28/03/2017

Praça Dorothy Stang: Violência e Lazer convivem juntos

A questão dos espaços públicos para lazer da população belenense foi e ainda é pauta de muitas discussões. A qualidade desses espaços, a quantidade deles, os investimentos para sua revitalização e a criação de novos foi promessa de campanha de muitos candidatos a cargos politicos ao longo dos anos e apesar disso há ainda uma falta desses locais na cidade, e quando existem não são frequentados devido a diversos motivos. Uma praça é importante para o encontro dos moradores de um bairro, e numa cidade como Belém que é considerada uma metrópole, conhecer novas pessoas é importante para a própria saúde.

Morador do bairro da Sacramenta, Udson Lisboa é skatista e como muitos dos moradores deste utiliza a praça Dorothy Stang como ponto de encontro e de lazer.
Frequentador da praça desde 2012, Udson afirma que este espaço foi de grande importância na sua própria socialização entre os moradores do bairro: “Costumo ir para interagir com as pessoas, pois uma praça proporciona isso: conhecer as pessoas da comunidade e de fora”.


Praça Dorothy Stang
Fonte: Agência Pará de Noticias

A praça Dorothy Stang foi inaugurada no governo de Ana Júlia Carepa como parte integrante do Complexo Viário da Júlio César. Neste espaço há ginásio, rampa para skatistas e arena. Nas palavras do morador entrevistado, antes da praça existir costumava-se ficar nas ruas do bairro ou então em casa sem possibilidade de lazer: “Antes da praça eu ficava muito em casa ou então na rua. A praça é recente, então eu costumava ficar mais em casa.”

Contudo, embora seja um local bastante frequentado pelos moradores, a praça Dorothy Stang sofre com um problema comum na periferia: a violência. O caso mais contundente de como a escala de violência aumentou fica claro com o fim da Batalha de Rap que ali existia devido aos recorrentes assaltos. Para Udson, esse é um fato que atrapalha o uso da praça. “Atrapalha no sentido de não me sentir seguro no local devido a essa situação. Aqui próximo eu até conheço os rapazes, mas mesmo assim se torna uma situação desagradável”. O uso dos poucos locais de lazer nas periferias de Belém torna-se então prejudicado pela violência.

Procurada para falar sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (SEJEL), que é órgão municipal responsável, não respondeu nossas tentativas de entrevista.

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